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A luta contra a corrupção e as eleições no Brasil PDF Imprimir E-mail
Escrito por Indicado en la materia   
Domingo, 21 de Octubre de 2018 01:44

Por EZEQUIEL GONZALEZ-OCANTOS E NARA PAVÃO.- 

O desempenho de Jair Bolsonaro no primeiro turno das eleições foi surpreendente. Buscando se descolar da sua longa e inexpressiva carreira na política, Bolsonaro conseguiu encarnar o espírito de renovação caro a muitos brasileiros.

Jair Bolsonaro, momentos antes de sofrer um atentado durante a campanha em Juiz de Fora (MG).

Somou a isso uma retórica autoritária e inflamatória que ecoou como nenhuma outra em um sistema devastado pela maior operação contra a corrupção do mundo. Nos últimos 18 meses temos conduzido uma pesquisa para entender de forma mais robusta os efeitos da luta anticorrupção sobre a opinião e o comportamento político dos Brasileiros. Nossos resultados preliminares ajudam a compreender o fenômeno que observamos no domingo passado.

 

O estudo investigou se e como a Lava Jato afeta emoções, atitudes com relação à política e à corrupção, e também a preferência dos eleitores quanto ao perfil de liderança desejado para o país. Em primeiro lugar, dados do Latino Barometro mostram que a tolerância à corrupção parece ter se mantido constante no Brasil, tanto ao longo do tempo, como em referência a outros países da América Latina. Dados do instituto de pesquisa IPSOS também mostram que o cinismo dos brasileiros em relação à política aumentou ao longo do tempo. Ambas tendências sugerem que, pelo menos até o momento, a Lava Jato não alterou de forma virtuosa a opinião dos brasileiros sobre corrupção e política.


Segundo, dados que coletamos há mais de um ano já indicavam grande aversão à política tradicional e uma afinidade de grande parte dos brasileiros a discursos populistas e antisistema. Perguntamos para uma amostra representativa da população qual seria o melhor perfil de liderança política para lidar com os problemas do país e oferecemos três opções de resposta: um político tradicional, um outsider, e um outsider com discurso combativo e antipolítica. Essa última opção foi escolhida por quase 60% dos entrevistados, o que demonstra que a votação expressiva recebida no último domingo por Jair Bolsonaro—que adota artificialmente um discurso de outsider com tons claramente populistas—reflete uma preferência que já estava latente na população há algum tempo.


De acordo com os nossos dados, o discurso populista e antipolítica reverbera mais entre eleitores com nível educacional elevado e que elegem a raiva (vis-a-visoutros sentimentos como preocupação, entusiasmo ou esperança) como a emoção que melhor descreve como se sentem em relação à política. Estimamos também em que medida tal preferência seria resultado de uma maior exposição à luta contra a corrupção promovida pela Lava Jato. Nossos resultados sugerem que sim e que esse efeito é particularmente claro entre aqueles que declaram confiar nas instituições judiciais.


Chegamos também a uma terceira conclusão preliminar. Por meio de outra pesquisa representativa, fornecemos a diferentes grupos de eleitores, de forma aleatória, duas caracterizações alternativas da Lava Jato. Uma, enfatizando seus resultados (em termos de condenações e ativos recuperados). E a outra, destacando avaliações internacionais positivas que a Operação recebeu. Os resultados mostram que os eleitores mais instruídos e que confiam nas instituições judiciais são particularmente sensíveis a essas representações da Lava Jato. Eles são mais propensos a ficar com raiva, ao contrário de esperançosos, e a apoiar pessoas de fora da política. Não encontramos efeitos sobre os níveis de tolerância à corrupção ou cinismo político.


A Lava Jato almeja, além de investigar e punir a corrupção, algo um tanto mais ambicioso: alterar as atitudes marcadamente cínicas dos brasileiros com relação à corrupção e à política como um todo. A Operação se tornou assim uma campanha anticorrupção de proporções até então inéditas no mundo. Tal campanha poderia, em tese, levar a pelo menos dois resultados opostos. Uma perspectiva otimista sugere que a Lava Jato sinalizaria à população uma virtuosidade institucional capaz de subverter a lógica nefasta que domina a política Brasileira. Ao demonstrar para a população que a corrupção é de fato investigada e punida, as instituições quebrariam a resignação do eleitor e diminuiriam a tolerância à corrupção.


Por outro lado, uma perspectiva pessimista sugere que o tiro da Lava Jato pode sair pela culatra. Ao trazer a tona uma enxurrada de informações negativas sobre a política, a Lava Jato poderia reforçar o cinismo político, aumentando a desconfiança do eleitor e o levando a aceitar a corrupção como algo endêmico e inevitável. Mais do que simplesmente analisar qual dessas duas expectativas se concretizou no caso do Brasil, buscamos identificar as condições que tornam as expectativas otimista e pessimista mais prováveis de se materializar.


Apesar de haver pouca evidência de que os brasileiros tenham ficado menos tolerantes com a corrupção ou menos cínicos, nossos achados sugerem que os eleitores tenham assumido atitudes mais duras em relação à política. A cruzada anticorrupção pode ter desencadeado uma avalanche de eleitores furiosos dispostos a punir a classe política preferindo candidatos com discurso combativo em relação a ela. Mais amplamente, nossos dados apontam para o papel das emoções em determinar se a Lava Jato levará a um ciclo vicioso que corrói os próprios fundamentos da democracia brasileira, ou a um ciclo virtuoso que consegue canalizar esse descontentamento de uma maneira menos perturbadora.


A luta contra a corrupção que a Lava Jato representa é necessária e importante para o país. Mas ela também é complexa e suas consequências de curto e longo prazo ainda são bastante desconhecidas. É esperado que ações anticorrupção tenham um custo político elevado, então precisamos compreender melhor como elas afetam o eleitor e como devem ser conduzidas pelos órgãos de controle, judiciário e meios de comunicação.


Enquanto a raiva tomar conta do eleitorado, os partidos políticos e as instituições de forma mais geral terão dificuldade de processar o descontentamento com a política. Aqueles que apreciam a democracia precisam promover emoções menos viscerais e mais positivas, como entusiasmo ou esperança, a fim de evitar que atitudes mais duras em relação à corrupção e à política abram a porta para ideias autoritárias.


EL PAIS; ESPANHA

Última actualización el Domingo, 28 de Octubre de 2018 01:40
 

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