LULA NIEGA LADINAMENTE HABER RECIBIDO PEDIDO DE LOS DISIDENTES PARA INTERCEDER POR ELLOS Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Jueves, 25 de Febrero de 2010 02:23

"Yo no recibí ninguna carta. Las personas tienen que eliminar el hábito de hacer cartas, guardarlas, y después decir que la mandaron para otros.

Cuando una persona manda una carta para un presidente, como mínimo la persona solamente puede decir que el presidente recibió la carta, si esa carta fue protocolada", dijo Lula, irritado, destacando que no se niega a conversar sobre temas humanitários.

El presidente Luiz Inácio Lula da Silva dijo este miércoles que los disidentes del régimen político del país no le pidieron a él ayuda formal para que intercediese por los presos políticos en Cuba, en especial por Orlando Zapata Tamayo, que murió después de más de 80 días de huelga de hambre como protesta contra el gobierno controlado por los hermanos Castro.

 

A CONTINUACIÓN UN DESPACHO DE LA AFP SOBRE DECLARACIONES DE LULA

Por AFP

LA HABANA

El presidente de Brasil, Luiz Inacio Lula da Silva, dijo este miércoles en La Habana que lamentaba "profundamente'' la muerte del preso político cubano Orlando Zapata el martes, tras dos meses y medio de huelga de hambre, en la primera reacción de un gobierno latinoamericano al hecho.

"Lamento profundamente'' ese fallecimiento, dijo Lula a la prensa brasileña y a la AFP cuando partía del hotel rumbo al Palacio de la Revolución, donde se reunirá con el presidente Raúl Castro.

El presidente brasileño, a quien medio centenar de presos políticos pidió en una carta interceder por la liberación de los prisioneros, dijo no haber recibido ninguna misiva pero señaló que es al gobierno cubano a quien corresponde conversar con los disidentes.

 

MÁS SOBRE DECLARACIONES DE LULA A PERIODISTAS BRASILEÑOS


Laryssa Borges
Direto de Havana, em português

Em viagem a Havana, onde se encontrou nesta tarde com Fidel Castro, o presidente Lula chegou a ironizar o pedido dos opositores do regime, afirmando que eles podem se tornar inclusive "dissidentes do Lula". "Se eles já são dissidentes de Cuba e agora querem ser dissidentes do Lula não tem problema nenhum¿, disse.

"(Lula é) Um magnífico interlocutor para conseguir fazer com que o governo cubano decida iniciar as reformas econômicas, políticas e sociais urgentemente necessárias, avançar nos direitos humanos, conseguir a ansiada reconciliação nacional e tirar a nação da profunda crise em que se encontra", disse um trecho da carta na qual os dissidentes pediam que Lula falasse com o presidente Raúl Castro sobre a situação dos opositores presos políticos.

"Eu não recebi nenhuma carta. As pessoas precisam parar com o hábito de fazerem carta, guardarem para si e depois dizerem que mandaram para os outros. Quando uma pessoa manda uma carta para um presidente no mínimo a pessoa só pode dizer que o presidente recebeu a carta se essa carta foi protocolada", disse Lula, irritado, destacando que não se recusa a conversar sobre temas humanitários.

Ele chegou a lembrar as intermediações que fez no caso dos seqüestradores do empresário Abílio Diniz, que fizeram greve de fome na cadeia, e no processo envolvendo pedidos de clemência para que um brasileiro não fosse condenado à morte na Indonésia por tráfico internacional de drogas.

"Se as pessoas tivessem falado comigo ontem eu teria pedido para ele parar a greve de fome e quem sabe teria evitado que ele morresse. Lamento profundamente que uma pessoa se deixe morrer por uma greve de fome", disse.

Ele relembrou ainda que, a despeito de ele próprio já ter feito greve de fome como forma de protesto quando era sindicalista, tem condenado manifestações dessa natureza, como a que ocorreu com o bispo de Barra (BA), d. Flávio Cappio, em repúdio à transposição do rio São Francisco.

"Nós temos que lamentar, mas lamentar como ser humano de alguém que morreu. E alguém que morreu porque decidiu fazer uma greve de fome que vocês sabem que eu sou contra. Sou contra greve de fome porque fiz, sou contra porque parei a greve de fome a pedido da igreja católica brasileira, que não admitia a greve de fome. (Mas) Você tem que intermediar quando você é pedido para intermediar", disse.

"Se as pessoas (que pediam por ajuda) procurassem a embaixada brasileira, se tentassem entrar em contato comigo, eu jamais deixaria de atendê-lo. O que não posso é chegar em um país me deparar com um artigo de pessoas que dizem que falaram comigo quando não falaram. Não é o jeito correto de pedir solidariedade. Quem me conhece sabe que essa alma aqui pode ser tudo, menos uma alma que não faça solidariedade. Eu não me negarei a ajudar a qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo, desde que eu seja pedido", afirmou o presidente.

Última actualización el Jueves, 25 de Febrero de 2010 09:10