O governo castrista admite sua imcompetência para administrar as terras em Cuba Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Martes, 04 de Junio de 2013 08:53

O Governo de Cuba admite que no setor agropecuário persistem “distorções” que impedem aumentar a produção e pretende retificá-las com medidas para pôr em igualdade de condições” os produtores, informaram meios de comunicação oficiais.

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Infolatam/EFE
“As medidas que durante décadas foram colocadas em prática na forma de gerenciar a terra não conduziram ao necessário aumento da produção”, indicou o vice-presidente Marino Murillo na última reunião do Conselho de Ministros cubano, celebrada na sexta-feira passada e da qual não se tinha informações até hoje.

 

Segundo Murillo, coordenador do plano de reformas econômicas impulsionado pelo presidente Raúl Castro, “é preciso retificar distorções que afetaram os resultados econômicos” no campo e “também pôr em igualdade de condições todos os produtores, libertar as forças produtivas e propiciar sua eficiência”.

Em Cuba, 70,5% da área agrícola total está nas mãos do setor cooperativo e camponês, seja como dono ou usufructuário.

Segundo o jornal Granma, um dos principais problemas enfrentados pelo setor agropecuário é que se atribuem recursos e equipamentos privilegiando ao setor estatal “enquanto ao resto (cooperativas e pequenos agricultores) nem sempre são assegurados nem em tempo nem em quantidade”.

“Entregam-se insumos sem levar em conta a capacidade financeira e a eficiência dos produtores, a quem também não tem sido garantido a venda de medicamentos de uso veterinário”, indica o jornal.

Para amenizar essa situação, o Governo cubano decidiu criar uma espécie de mercado de recursos e equipamentos sem subsídios destinado ao setor agropecuário, ainda que incluindo medidas para evitar que um eventual aumento dos preços afete a população.

Esse mercado de venda liberada de recursos para os produtores agrários será colocado em marcha de forma experimental no município especial Ilha da Juventude com a previsão de estendê-lo paulatinamente ao resto do país.

O Governo cubano também permitirá que pequenos agricultores vinculados a granjas estatais e cooperativas comprem esses insumos, serviços e produtos diretamente de pessoas naturais ou jurídicas.

Uma das prioridades do Governo de Raúl Castro é revigorar a agricultura para aumentar a produção de alimentos, assunto que se considera de segurança nacional” em um país que gasta ao ano mais de 1,5 bilhões de dólares em importar, 80% dos dos produtos que consome.

Dentro de suas reformas para atualizar o modelo econômico socialista, o general Castro impulsionou, em 2008, um plano para dar terras agrícolas em usufruto, mas a medida ainda enfrenta dificuldades como a resistência das administrações em declarar ociosas essas terras e entregá-las a camponeses.

Tomado de INFOLARAM/EFE

Última actualización el Martes, 04 de Junio de 2013 08:58