Repressão na ilha: Prisões políticas em Cuba "caíram" para 652 casos em julho Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Domingo, 17 de Agosto de 2014 12:18

Havana - A dissidente Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN) informou nesta segunda-feira que houve 652 detenções por motivos políticos em julho na ilha, o número mais baixo nos últimos dez meses.

Mulher passa por uma bandeira de Cuba em Santiago de Cuba

No relatório mensal sobre a repressão no país, o grupo liderado pelo ativista Elizardo Sánchez assinalou que essa redução no número de prisões "não afetou a alta capacidade do controle político e social que caracteriza o governo de Cuba".

 

Também argumentou que essa queda pode ser uma reação às preocupações expressadas em meados do mês pela União Europeia, o governo dos Estados Unidos e várias ONGs por "uma alta da repressão contra as Damas de Branco".

A CCDHRN denunciou que, apesar desses números, aumentaram os casos de agressões físicas em julho, que afetaram 111 opositores pacíficos.

O grupo opositor citou o caso específico de Luís Enrique Santos Caballero, membro do Movimento Opositor por uma Cuba Libre, alegando que o dissidente foi "brutalmente espancado" por agentes policiais no último dia 22 de julho na cidade de Santa Clara, onde vive, no centro do país.

Segundo o relatório, Santos Caballero, "depois de uma semana, apresentava diversas lesões no rosto e outras partes da cabeça".

Também notificou que Deibis Sardiñas Moya, militante da mesma organização que Santos Caballero, preso em 29 de julho, permanece detido sob a acusação de "periculosidade social pré-delitiva".

O governo cubano considera os dissidentes "contra-revolucionários" e "mercenários" a serviço dos Estados Unidos.

EXAME.COM

Última actualización el Martes, 19 de Agosto de 2014 12:04