Anos 1950 na música cubana ecoam até hoje em Cuba e no mundo Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Domingo, 31 de Agosto de 2014 13:54

A música em Cuba tem uma espécie de glaciação dividindo-a em duas: antes de 1959 e depois. Em 1959, a Revolução Cubana derrubou o ditador Fulgêncio Batista e trouxe a utopia socialista à Ilha. Mas, em contrapartida, acabou com uma espécie de playground mundial.

Antes de Fidel, na euforia turística, funcionava um laboratório em tempo integral de fusões e invenções. Nos cassinos, clubes, hotéis, bares, havia uma usina de música e de instrumentistas - entre eles, verdadeiros soberanos do ritmo, como Benny Moré (cantor e bandleader que morreu em 1963) Prez Prado e Bola di Nieve.


Nenhum instrumentista ficava sem ocupação. A rumba misturava flamenco e música africana; o danzón, exclusivamente cubano, desdobrou-se no son, que deu na salsa; surgiu a guaracha (um tipo de son com letras satíricas); e finalmente o feeling (ou fílin). Com a revolução, a música típica do país ficou num limbo, isolada. Só veio a ser redescoberta nos anos 90, após o estrondoso sucesso internacional do grupo Buena Vista Social Club.


Buena Vista Social Club era um clube de dança e atividades musicais de Havana, Cuba, onde os músicos se encontravam e tocavam na década de 1940, entre eles Manuel "Puntillita" Licea, Compay Segundo, Rubén González, Ibrahim Ferrer, Pío Leyva, Anga Díaz e Omara Portuondo. Ao longo dos anos novos membros entraram no grupo.

Na década de 1990, aproximadamente 40 anos após o fechamento do clube, inspirou uma gravação do músico cubano Juan de Marcos González e o guitarrista americano Ry Cooder com os músicos tradicionais, o disco, chamado Buena Vista Social Club tornou-se um sucesso internacional. Foi quando então o diretor alemão Wim Wenders filmou a apresentação do grupo na Holanda, e uma segunda apresentação no famoso Carnegie Hall em Nova York, transformando num documentário, acompanhado de entrevistas feitas em Havana com os músicos.

O filme, chamado Buena Vista Social Club, foi aclamado pela crítica, sendo indicado ao Oscar na categoria Melhor Documentário e ganhando o prêmio de Melhor documentário no European Film Awards.

Em 2006 foi lançado Rhythms del Mundo, um ábum com as estrelas do Buena Vista e da música cubana Ibrahim Ferrer (sua última gravação antes de morrer em 2005) e Omara Portuondo com artistas como U2, Coldplay, Sting, Jack Johnson, Maroon 5, Arctic Monkeys, Franz Ferdinand, Kaiser Chiefs.

TRIBUNA DO NORTE

Última actualización el Martes, 02 de Septiembre de 2014 12:34