Secretário Geral de OEA, José Manuel Insulza, pede a Cuba que liberte presos políticos doentes Imprimir
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Miércoles, 21 de Abril de 2010 12:14

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, pediu nesta terça-feira ao Governo de Cuba a libertação dos presos políticos doentes, como exige o dissidente Guillermo Fariñas em greve de fome desde fevereiro.

 

EFE

Madri, 20 abr (EFE).- "Há uma greve de fome, a do senhor Fariñas. Eu espero que isso se resolva em breve", declarou Insulza à Agência Efe após discursar em Madri em um seminário sobre as relações entre a União Europeia (UE) e a América Latina.

Segundo o responsável da OEA, a libertação dos "presos políticos que estão doentes" seria "uma mostra de boa vontade que não debilitaria o regime cubano".

"Longe de debilitar" - insistiu Insulza -, "acho que melhoraria sua imagem. Portanto, minha preocupação neste momento é que se ponha essa gente (os dissidentes doentes) em liberdade".

"A coisas estão nas mãos do Governo de Cuba", ressaltou o ex-ministro das Relações Exteriores do Chile (1994-1999), que considera que colocar "os presos doentes em liberdade" já seria um "grande avanço".

Em sua opinião, "isso poderia ser feito perfeitamente com a verificação de seu estado de saúde por uma comissão internacional e, sobretudo, com um conhecimento adequado e verificado, e com provas de quais são os delitos que cometeram".

"Se são delitos de opinião, eles não têm nenhuma razão para estarem presos", ressaltou Insulza, que não percebe nestes momentos nenhum sinal de abertura do regime de Havana.

O psicólogo e jornalista Guillermo Fariñas, de 48 anos, começou sua greve de fome no dia 24 de fevereiro, depois da morte do opositor preso Orlando Zapata Tamayo após um jejum de 85 dias.

Com seu protesto, Fariñas exige que o presidente cubano, o general Raúl Castro, liberte os 26 opositores doentes.

Para o secretário-geral da OEA, a morte de Zapata "foi um fator negativo" para o regime castrista. Sobre o embargo comercial, econômico e financeiro que os Estados Unidos mantêm contra Cuba desde os anos 1960, Insulza comentou: "Nunca fui partidário do embargo".

Destacou que, "depois que a OEA levantar as sanções (contra a ilha caribenha) e colocar frente a Cuba a necessidade de um diálogo sobre os temas da democracia e os direitos humanos, o que deve seguir-se é uma boa negociação entre os Estados Unidos e Cuba".

"Tomara isso aconteça em breve. O Governo do presidente (dos EUA, Barack) Obama fez gestos nessa direção, mas infelizmente eles ainda não foram respondidos", acrescentou Insulza.

Última actualización el Miércoles, 21 de Abril de 2010 12:16