Garoto resgatado no mar e devolvido a Cuba há 15 anos diz querer visitar EUA Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Jueves, 21 de Mayo de 2015 14:02

Credito: ABC

Hoje, Elián González não lembra nem um pouco a imagem do menino de 6 anos aterrorizado com uma arma apontada por um agente federal americano, que cumpria a ordem de retirá-lo da casa de parentes em Miami e devolvê-lo a Cuba.

Em uma rara entrevista a um canal de TV americano (ABC), Elián, de 21 anos, diz que gostaria de viajar aos Estados Unidos para agradecer pessoalmente as pessoas que o ajudaram no pouco tempo em que viveu no país. Em novembro de 1999, González foi o pivô de uma disputa legal entre Cuba e EUA após ser resgatado por pescadores americanos. Ele tentava atravessar o estreito da Flórida em uma balsa que naufragou, matando sua mãe e o namorado dela.

 

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O menino foi entregue a parentes em Miami, mas seu pai o exigiu de volta, dando início a uma batalha por sua custódia que reacendeu as divergências entre a Cuba comunista e a comunidade de dissidentes cubanos na Flórida.

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Na entrevista, Elián assegura que não se ressente da decisão de seu pai de fazer com que voltasse a Cuba em vez de deixá-lo com sua família em Miami, mas disse que, se tivesse a oportunidade de viajar para algum lugar no mundo, iria para os EUA para agradecer aqueles que o ajudaram depois de ser resgatado no mar.

González virou o centro de uma polêmica entre EUA e Cuba em 1999 após o barco em que viajava com a mãe naufragar

"Talvez algum dia eu possa visitar os EUA e pessoalmente agradecer às pessoas que nos ajudaram, que estavam do nosso lado, porque estou muito agradecido pelo que fizeram", afirma o jovem de 21 anos.

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Em um momento em que os dois países estão trabalhando para estreitar suas relações após mais de 50 anos de paralisação, González aponta que também gostaria de ir aos EUA para assistir uma partida de beisebol, visitar os museus de Washington e falar com americanos.

'Minha mãe lutou por mim até o final'

Na entrevista, o jovem também falou das lembranças que tem do naufrágio da balsa em que viajava e dos pescadores que o resgataram.

"Estava sozinho no meio do mar e isso é a última coisa que me lembro", disse o jovem, que afirma que sua mãe não está viva hoje porque "lutou por ele até o final".

"Lembro de quando me colocaram na balsa e minha mãe me cobria e eu levantava a cabeça olhando ao redor.... e em um momento levantei a cabeça e não vi mais nada", lamentou.

Hoje, González estuda engenharia e está noivo de Ilianet Escaño, uma estudante de biologia de 22 anos.

Última actualización el Lunes, 25 de Mayo de 2015 11:51