Fim do embargo e direitos humanos. O que falta para Cuba e EUA serem amigos de verdade Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Sábado, 03 de Octubre de 2015 11:30

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Posaram sorridentes, fazendo prova do clima de reaproximação que se vive nos dois países, mas sorrisos à parte, o encontro de terça-feira entre Barack Obama e Raúl Castro na Assembleia Geral da ONU deixou claras as posições dos EUA e de Cuba e o muito que falta fazer para a definitiva normalização das relações entre as duas nações.

Do lado cubano - expressou-o Castro, horas antes, diante da Assembleia das Nações Unidas - a prioridade é o fim do embargo, sem margem para negociações. A isto se soma a devolução de Guantánamo, o fim das emissões de rádio e de televisão “desestabilizadoras” e o pedido de uma “compensação” pelos danos sofridos nos últimos 50 anos. A mesma firmeza manifesta Washington, ao não abrir mão da questão dos direitos humanos, tema que mais aborrece Havana.

 

MAIS REFORMAS PARA ALÍVIO DO EMBARGO

Isto terão reforçado, um ao outro, Obama e Castro. Após o encontro, o ministro cubano dos Negócios estrangeiros, Bruno Rodríguez, declarou em entrevista coletiva que mesmo que o Congresso dificulte a vida ao Presidente norte-americano, que reiteradamente tem defendido o levantamento do embargo à ilha, Obama tem “amplas faculdades executivas para aliviar as suas restrições”.

Sobre o que já foi feito, a possibilidade de viajar e a abertura ao comércio com Cuba, Rodríguez sublinhou serem medidas “de valor muito limitado, de alcance e profundidade limitadíssima”. Mas nada disse sobre o que Cuba está disposta a fazer mais, em resposta aos pedidos dos Estados Unidos.

Obama recordou-os ao seu homólogo, afirmou a Casa Branca em comunicado. Além de referir que mais reformas em Cuba potenciariam o alívio do embargo, Obama reafirmou a Castro o seu compromisso de conseguir que o Governo cubano “faça um melhor trabalho” na proteção dos direitos humanos dos seus cidadãos.

Durante a reunião, os dois Presidentes falaram ainda sobre a recente visita do papa Francisco a ambos os países e acordaram em continuar a trabalhar concertadamente algumas áreas, como por exemplo “a cooperação com outros países, como o Haiti”.

EXPRESSO.PT

Última actualización el Miércoles, 07 de Octubre de 2015 10:47