EUA pedem libertação 'incondicional' de todos os presos de consciência em Cuba Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Miércoles, 02 de Junio de 2010 22:31

O governo dos Estados Unidos afirmou nesta quarta-feira, 2, que "acompanha de perto" os informes sobre a transferência de seis presos políticos em Cuba a suas provinciais natais, mas exigiu a imediata liberação "incondicional" dos "prisioneiros de consciência".

 

"Esperamos que os prisioneiros de consciência sejam colocados em liberdade incondicionalmente e um futuro muito próximo", disse à Efe Charles Luoma-Overstreet, um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano.

"Como já havíamos dito antes, nos unimos a muitos atores respeitados, inclusive à Igreja Católica, para pedir ao governo cubano que coloque em liberdade todos os prisioneiros de consciência cubanos", acrescentou.

As declarações do porta-voz foram uma resposta ao anúncio de que seis presos políticos foram transferidos a cárceres de suas províncias de origem por ordens do governo de Raúl Castro, primeiro resultado de uma inédita reunião de 19 de maio entre Castro e autoridades católicas da ilha.

Estes presos fazem parte do "grupo dos 75", detidos durante a repressão da Primavera Negra de 2003, alguns dos quais receberam penas de até 28 anos de prisão.

Três deles foram transferidos a campos de trabalho e "correcionais", de acordo com fontes governamentais e da dissidência.

Os prisioneiros José Luis García Paneque, de 45 anos, e Iván Adolfo Hernández Carrillo, de 39, foram transferidos a dois acampamentos chamados "Plano Confiança", nas províncias de Las Tunas e Matanzas, respectivamente. Félix Navarro Rodríguez, de 56 anos, foi enviado à "correcional" San Agustiín, também em Matanzas.

Os chamados "campos de trabalho" e "correcionais" são instituições penitenciárias com menor nível de severidade que as prisões e com condições de vida, alimentação e comunicação mais favoráveis para os presos, explicaram à Efe diferentes fontes da dissidência interna da ilha.

Arnaldo Ramos Lauzurique, que, com 68 anos, é o dissidente mais velho dos que foram beneficiados, e foi transferido à prisão conhecida como "15-80", em Havana; Diosdado González Marrero, 47, foi enviado a prisão de Aguica, em Matanzas, e Antonio Ramón Díaz Sánchez, de 48, para Combinado del Este, em Havana.

A Igreja não detalhou se a transferência dos presos é definitiva, ou se os presos podem esperar novos movimentos.

Última actualización el Miércoles, 02 de Junio de 2010 22:47