Costa Rica critica Nicarágua por impedir cubanos se seguirem para EUA. Crise humanitaria na frontera com 4 mil cubanos acampados Imprimir
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Jueves, 19 de Noviembre de 2015 13:00

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"É da importância suprema entender que este é um problema de pessoas que têm ilusões, necessidades, que procuram chegar a um destino onde querem viver melhor. Tem de se olhar pelas pessoas, que precisam de ter respostas à sua ansiedade e protegidas nas suas necessidades", afirmou o presidente da Costa Rica, Luís Guillermo Solís, durante uma conferência de imprensa realizada depois do Conselho de Governo semanal. Mais de dois mil cubanos, com passaporte e um visto costa-riquenho, estão bloqueados na fronteira entre a Costa Rica e a Nicarágua, desde domingo, dia em que o governo de Manágua lhes recusou a entrada e utilizou o Exército para repelir cerca de 800 que procuravam entrar ilegalmente no país.

 

No domingo, a Nicarágua acusou a Costa Rica de "lançar" os cubanos para o seu território e de provocar uma crise humanitária. "Mais do que qualquer consideração geopolítica, há uma situação que resultou de uma decisão do governo da Nicarágua que, de maneira absolutamente injustificada e irresponsável, acusou a Costa Rica de utilizar estes migrantes para gerar uma violação" de soberania, disse Solís.

O Presidente costa-riquenho garantiu que a sua prioridade é garantir os direitos humanos e o tratamento humanitário dos migrantes. "Além das obrigações internacionais, que estão a ser cumpridas, estamos a fazer um esforço para que as condições humanitárias sejam garantidas, o que significa teto, abrigo, comida, água e necessidades emocionais", detalhou. Solís agradeceu o apoio da Organização Internacional das Migrações, que ofereceu 30 mil euros, para ajudar os cubanos, e do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, a Cruz Vermelha e as organizações da sociedade civil.

Em La Cruz, onde se situa a fronteira, o governo, os organismos internacionais e as organizações da sociedade civil instalaram cinco instalações para assistir os cubanos. Nestas instalações encontram-se cerca de 700 migrantes, enquanto outros 400 permanecem no posto fronteiriço de Penas Blancas, enquanto esperam pela autorização de entrada na Nicarágua. Os cubanos impediram a passagem de veículos pesados na fronteira como ação de protesto.

Desde sábado que a Costa Rica entregou cerca de dois mil vistos, com uma vigência de sete dias, a cubanos que chegaram à sua fronteira com o Panamá e que pretendem chegar aos EUA. Estes migrantes saíram legalmente de Cuba, com os respetivos passaportes, para o Equador, que não lhes exige vistos. A partir daqui começaram a sua viagem por mar e terra, na Colômbia e no Panamá, até chegarem à Costa Rica, onde estão imobilizados perante a recusa da Nicarágua em lhes permitir a passagem pelo seu território.

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Última actualización el Martes, 24 de Noviembre de 2015 13:52