Macri pedirá no Mercosul aplicação de cláusula democrática contra Venezuela |
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Martes, 24 de Noviembre de 2015 13:36 |
O presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri, antecipou nesta segunda-feira que, na próxima Cúpula do Mercosul, em dezembro, solicitará que seja aplicada a cláusula democrática contra a Venezuela pela "perseguição aos opositores e à liberdade de expressão". A Cúpula do Mercosul, prevista para 21 de dezembro em Assunção, será a estreia de Macri, que tomará posse dia 10, em encontros internacionais. "É evidente que cabe a aplicação dessa cláusula porque as denúncias são claras, são contundentes, não são uma invenção", disse hoje o líder do Mudemos em sua primeira entrevista coletiva após a vitória sobre o governista Daniel Scioli no segundo turno da eleição presidencial, realizado ontem na Argentina.
"A situação que a Venezuela vive sob o governo de Nicolás Maduro não corresponde ao compromisso democrático que nós argentinos assumimos", acrescentou o presidente eleito, que já tinha antecipado durante a campanha sua intenção de denunciar a Venezuela no Mercosul caso chegasse à Casa Rosada. Ns últimas semanas, Macri se referiu várias vezes à situação da oposição na Venezuela, e muito especialmente ao caso do dirigente Leopoldo López, condenado a 14 anos de prisão. A esposa de López, Lilian Tintori, foi ontem à noite ao comitê eleitoral do Mudemos em Buenos Aires comemorar a vitória de Macri. A cláusula democrática prevista no Mercosul - formado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, estabelece a possibilidade de suspender um Estado membro caso haja ruptura da ordem democrático, de acordo com o Protocolo de Ushuaia, assinado em 1998, que só pode ser aplicado por consenso. O acordo foi aperfeiçoado em 2011, mediante um novo protocolo, que dá margem a sanções mais severas, como o fechamento total ou parcial das fronteiras terrestres e a suspensão ou limitação do comércio, do tráfego aéreo e marítimo, das comunicações e do fornecimento de energia e de serviços. O protocolo foi utilizado em 2012 para suspender temporariamente o Paraguai depois de o então presidente do Paraguai, Fernando Lugo, ser cassado pelo Congresso sem o "devido processo", consideraram os membros do Mercosul. O alto representante do Mercosul, o brasileiro Florisvaldo Fier, o Dr. Rosinha, descartou em outubro aplicar a cláusula democrática contra a Venezuela, quando Macri fez essa promessa de campanha. TERRA |
Última actualización el Viernes, 27 de Noviembre de 2015 12:46 |