Venezuela: TSJ ordenou suspensão "provisória e imediata" de 3 deputados opositores. Oposição reitera que tomarão posse, sim! Imprimir
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Jueves, 31 de Diciembre de 2015 13:18

 

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Caracas, 30 dez (EFE).- A aliança de oposição na Venezuela, Mesa da Unidade Democrática (MUD), considerou inválida a ordem do Tribunal Superior de Justiça (TSJ) de suspender a proclamação de três de seus deputados e afirmou que os 112 parlamentares opositores eleitos em 6 de dezembro assumirão suas cadeiras no dia 5 de janeiro, mesmo com essa decisão.

"Reiteramos que, com a força da Constituição, com a força da Lei e a força do povo, os 112 deputados da MUD tomarão posse no próximo dia 5 de janeiro", afirmou a aliança de partidos opositores em comunicado divulgado pouco depois de ser notificada sobre a decisão da Justiça venezuelana.


O TSJ da Venezuela ordenou hoje a suspensão de forma "provisória e imediata" da proclamação de quatro deputados eleitos, três opositores e um chavista, no estado do Amazonas, onde o pleito de 6 de dezembro foi impugnado pelo governo por supostas irregularidades na votação.

A oposição precisa de seus 112 deputados para ter a maioria qualificada de dois terços no parlamento, no entanto, agora as autoridades deverão precisar qual será o novo quórum da Assembleia Nacional que assumirá em 5 de janeiro.

Com a decisão do Supremo, só poderão tomar posse 109 deputados opositores e 54 chavistas, de um total de 167 cadeiras.

"A insólita decisão do TSJ, que deixa sem representação parlamentar todo o estado do Amazonas, é uma declaração de rebeldia da burocracia derrotada frente à legítima decisão do povo", assinalou a MUD no texto.

A sentença do TSJ foi divulgada hoje junto com outra sentença na qual o Supremo admitiu outros quatro recursos de impugnação, mas, nesses casos, considerou improcedente ditar medidas cautelares.

As impugnações que afetam oito opositores causaram revoo na oposição, que denunciou uma tentativa de "golpe judicial", depois que os recursos foram admitidos pelo TSJ apesar de o órgão judicial teoricamente estar de férias, mas finalmente ter decidido trabalhar nos dias 28, 29, e 30 de dezembro, justamente quando foram solicitados os recursos.

Hoje mesmo, os opositores compareceram ao TSJ para "recusar" os cinco magistrados da Sala Eleitoral, já que consideram que os juízes têm vínculos muito próximos com o chavismo.

Segundo os opositores, na composição da sala estava, entre outros, o recém-eleito magistrado Cristhian Tyrone Zerpa, um chavista que fazia parte do parlamento em fim de mandato de maioria governista, que designou 13 magistrados do Supremo, incluindo Zerpa, no dia 23 de dezembro.


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Última actualización el Domingo, 03 de Enero de 2016 12:03