PF indicia Lula, Marisa e mais três na investigação do triplex em Guarujá |
Escrito por Indicado en la materia |
Sábado, 27 de Agosto de 2016 11:00 |
A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Lula, a mulher dele, Marisa Letícia, e ex-dirigentes da empreiteira OAS na investigação sobre o triplex em Guarujá. O ex-presidente Lula foi indiciado pelos crimes de corrupção, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Marisa Letícia, corrupção e lavagem de dinheiro. A Polícia Federal também indiciou o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, o ex-executivo da OAS Paulo Gordilho e o ex-presidente da empreiteira Léo Pinheiro, já condenado na Lava Jato.
A conclusão dos investigadores é a de que "Lula e Marisa foram beneficiários de vantagens ilícitas, por parte da OAS, em valores que alcançaram mais R$ 2,4 milhões, referentes às obras de reforma no apartamento do edifício Solaris, o triplex de Guarujá, bem como no custeio de armazenagem de bens do casal”. Os policiais analisaram documentos, contratos e trocas de mensagens encontradas em celulares apreendidos. Várias mensagens foram ao longo de 2014. Numa delas, Paulo Gordilho diz a Léo Pinheiro: “O projeto da cozinha do chefe está pronto. Se marcar com a madame pode ser na hora que quiser”. Léo Pinheiro responde: “Amanhã às 19 horas. Seria bom também ver se o de Guarujá está pronto”. E Paulo Gordilho fala: “Guarujá também está pronto”. Os investigadores afirmam que "os termos ‘chefe’ e ‘madame’ são referências a Luiz Inácio Lula da Silva e sua esposa Marisa Letícia". Fotos incluídas no relatório mostram que Lula visitou o triplex em Guarujá, acompanhado de Léo Pinheiro. O Instituto Lula e o advogado do ex-presidente classificaram o relatório da Polícia Federal como uma peça de ficção, afirmaram que Lula não é e nunca foi dono do apartamento investigado e que não há prova ou indício de envolvimento do ex-presidente nos desvios da Petrobras. O advogado do ex-presidente afirmou que o apartamento pertence à OAS, que a construtora é a única beneficiária das melhorias, que não houve crime de corrupção passiva porque Lula já não era presidente em 2014 e porque dona Marisa Letícia nunca foi funcionária pública. Segundo o advogado, não houve comprovação de que eles tenham recebido dinheiro desviado da Petrobras. Ele negou que Lula tenha participado da contratação para o armazenamento do acervo presidencial. A defesa de Paulo Okamotto afirmou que não existe vantagem ilícita e nenhum crime na contribuição para manutenção do acervo presidencial e que o acervo é privado e de interesse público e que cabe ao instituto a manutenção desse acervo. As defesas da OAS e de Leo Pinheiro não quiseram comentar. O Jornal Nacional não conseguiu contato com Paulo Gordilho. GLOBO.COM |
Última actualización el Lunes, 29 de Agosto de 2016 10:39 |