Maduro prorroga estado de exceção pela 5ª vez na Venezuela |
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Lunes, 14 de Noviembre de 2016 11:40 |
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ampliou por mais 60 dias, neste domingo (13), o estado de exceção e emergência econômica em vigor desde janeiro passado. "Procedo constitucionalmente a prorrogar o estado de exceção e emergência econômica em todo o território nacional (...) para continuar governando e enfrentando a guerra econômica, apoiando o povo", disse Maduro, em seu programa semanal de televisão. O chefe de Estado acusa o empresariado venezuelano de executar, junto com a oposição, "uma guerra econômica" para provocar escassez de alimentos, remédios e produtos básicos, gerando insatisfação popular.
O anúncio de Maduro foi feito um dia depois de delegados do governo e da oposição terem acordado, no âmbito de uma mesa de diálogo, "priorizar" medidas para melhorar o abastecimento. Trata-se da quinta prorrogação do estado de exceção, após as edições de março, maio, julho e setembro. Nenhuma das extensões foi validada pelo Parlamento, e sim pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ). Ele garantiu que a mesa de diálogo "vai bem", após os primeiros acordos firmados por ambas as partes no sábado (12), mas acusou a oposição de desvirtuar seu conteúdo. Um dos negociadores da Mesa da Unidade Democrática (MUD), Carlos Ocariz, disse que a coalizão se manterá no diálogo "até obter o mais importante: eleições nacionais e referendo revogatório". saiba mais
Maduro ironizou a declaração. "A MUD continuará na mesa até conseguir a saída eleitoral. Me alegra muito que a MUD vá continuar na mesa de diálogo até dezembro de 2018", afirmou, referindo-se à data prevista para a próxima eleição presidencial. O processo para a realização do referendo contra Maduro foi suspenso em 20 de outubro passado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). "Aspiro a que (o presidente) Barack Obama corrija antes de finalizar seu governo e derrogue o decreto que considera a Venezuela uma ameaça incomum e extraordinária para a segurança dos Estados Unidos", declarou Maduro, em seu programa semanal de televisão. "Senhor Obama, você pode ganhar o respeito e a confiança da Venezuela", acrescentou. Washington declarou a Venezuela como uma "ameaça" em 2015, sendo mais um capítulo nas tensas relações bilaterais desde o governo do falecido Hugo Chávez (1999-2013). Maduro disse que, nos próximos dias, conversará com o secretário de Estado americano, John Kerry, para lhe pedir que "diga a Barack Obama que derrogue o decreto contra a Venezuela antes de deixar o poder", em 20 de janeiro próximo. "Eu já mandei três cartas para Obama e ainda não me respondeu", acrescentou. GLOBO.COM |
Última actualización el Jueves, 17 de Noviembre de 2016 11:40 |