Venezuela. À beira da guerra civil Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Viernes, 16 de Junio de 2017 12:29

Na passada segunda-feira, manifestantes da oposição a Nicolás Maduro forçaram a entrada no Supremo Tribunal de Justiça de Caracas e vandalizaram as instalações. Relatos locais dão conta de lutas corpo a corpo entre manifestantes e forças leais ao governo.


A ação, que terminou com partes do edifício em chamas, foi uma resposta à rejeição da moção de Ortega Díaz, a procuradora-geral, para impedir Maduro de reescrever a Constituição de acordo com os seus interesses. Nos degraus do Supremo, Díaz fizera, na quinta-feira, um apelo apaixonado segurando o livro azul da Constituição.

 

Desde o dia 1 de abril, os protestos para que o atual presidente abandone o poder já fizeram 68 mortos no país, mas os manifestantes mostram-se cada vez mais determinados e preparados para os confrontos. Muitos usam já máscaras de gás e capacetes para se protegerem da repressão policial. E vários conquistam a simpatia da população protegendo os civis das lutas de rua ou prestando-lhes apoio médico.

Também na segunda-feira, ao caos generalizado nas ruas, juntou-se uma greve dos transportes públicos que contou com cerca de 90% de adesão. A Venezuela encontra-se numa situação crítica, com a inflação mais alta do mundo, filas intermináveis nos supermercados e falta de bens essenciais, como medicamentos.

SOL.SAPO.PT

Última actualización el Lunes, 19 de Junio de 2017 11:28