Brasil e mais 11 países pedem fim da repressão política na Venezuela Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Lunes, 13 de Agosto de 2018 12:11

O Brasil e mais 11 países (Argentina, Canadá, Colômbia, Costa Rica, Chile, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Peru), que formam o chamado Grupo de Lima, emitiram declaração neste sábado (11) condenando a repressão e a perseguição política na Venezuela.

Nicolás Maduro presta juramento

O grupo apela para o respeito à democracia e aos direitos humanos, a libertação de presos políticos e a busca por solução interna para crise que se passa no país. Também sugere a realização de “eleições livres, democráticas e transparentes”.

 

A reação dos 12 governos ocorre no momento em que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, aponta como responsáveis pelo suposto atentado contra ele, no último dia 4 de agosto, em Caracas, os deputados de oposição Juan Carlos Requesens e Julio Borges.

O governo da Venezuela divulgou que drones foram utilizados na tentativa de atingir o presidente da República. Também informou que 19 pessoas foram presas, Requesens foi detido e há uma ordem de prisão contra Borges.

No mesmo dia da carta conjunta dos países, Maduro afirmou, em evento com militares transmitido para todo o país, que o ex-presidente da Colômbia Juan Manuel Santos teria sido o responsável por ordenar o ataque. “Foi o ex-presidente Juan Manuel Santos quem deu a ordem de preparar a ação terrorista para o meu assassinato”, disse

A declaração conjunta do Grupo de Lima afirma que os 12 países “expressam sua profunda inquietude pela utilização de instituições de segurança e aplicação da lei do Estado venezuelano para perseguir adversários políticos, o que demonstra mais uma vez a ruptura da ordem democrática e a violação da Constituição daquele país, contrariando a vontade do povo venezuelano”.

O Brasil e demais países apelam para a “libertação imediata” de todos os presos políticos na Venezuela e exigem o respeito às “garantias e às liberdades políticas” dos cidadãos venezuelanos, assim como a “convocação de eleições livres, transparentes e democráticas”.

Na declaração conjunta, os países que compõem o Grupo de Lima são categóricos. “Diante das recentes ações de repressão empreendidas contra os deputados da Assembleia Nacional da República Bolivariana da Venezuela, repudiam qualquer tentativa de manipular o incidente ocorrido em 4 de agosto para perseguir e reprimir a dissidência política.”

Em outro trecho, a declaração afirma que o Brasil e os demais 11 países “condenam e rechaçam firmemente a violação do devido processo legal e das normas internacionais em matéria de aplicação da lei e de respeito aos direitos humanos, durante a detenção arbitrária, ilegal e sem investigação prévia” do deputado Requesens e do mandado de prisão emitido contra Borges.

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Última actualización el Jueves, 16 de Agosto de 2018 12:22