John Bolton, conselheiro de Trump, diz que vitória de Bolsonaro é 'sinal positivo' Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Viernes, 02 de Noviembre de 2018 01:22

John Bolton, conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, disse nesta quinta-feira (1º) que a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) como novo presidente do Brasil é um sinal positivo para a América Latina.

John Bolton fala sobre a política dos EUA para a América Latina — Foto: Emily Michot/Miami Herald via AP

“As recentes eleições de líderes afins em países-chave, incluindo Iván Duque na Colômbia e, no último final de semana, Jair Bolsonaro no Brasil, são sinais positivos para o futuro da região e demonstram um crescente compromisso regional com princípios de livre mercado e governança aberta, transparente e responsável ”, disse Bolton na Freedom Tower, em Miami, um marco histórico nacional americano que serviu como local de processamento de refugiados cubanos nos anos 60.

 

 

No discurso sobre a política do governo Trump em relação à América Latina, Bolton elogiou Duque e Bolsonaro, e atacou os governos de três outros países latino-americanos -- Cuba, Venezuela e Nicarágua -- por abraçar o que ele chama de "ideologias venenosas", ou seja, o socialismo.

"A troika da tirania neste hemisfério - Cuba, Venezuela e Nicarágua - finalmente encontrou alguém à sua altura", afirmou Bolton. "Estou aqui para entregar uma mensagem clara do presidente dos Estados Unidos sobre nossa política em relação a esses três regimes", disse Bolton. "Sob essa administração, não vamos mais apaziguar ditadores e déspotas perto de nossa costa neste hemisfério. Não recompensaremos pelotões de fuzilamento, torturadores e assassinos."

Sanções

Bolton disse que o Departamento de Estado ampliará nesta quinta a lista de entidades que pertencem ou são controladas pelos militares ou pelos serviços de inteligência cubana com as quais os americanos não podem fazer transações financeiras.

Mais de dez de entidades integrarão a lista, segundo Bolton, que não deu mais detalhes, mas garantiu que o governo americano vai continuar "firmemente" ao lado do povo cubano e compartilhar com ele "a sua aspiração de uma mudança democrática real".

Sobre a Venezuela, anunciou que o presidente Donald Trump assinou um decreto que impõe novas e duras sanções a fim de impedir que cidadãos americanos se envolvam com quem faz "transações fraudulentas e corruptas" com ouro venezuelano.

No caso da Nicarágua, Bolton não anunciou medidas concretas, mas afirmou que enquanto não houver eleições livres nem a restauração da democracia no país, o regime de Daniel Ortega sentirá "o peso total" das sanções americanas.

Bolton falou nesta quinta-feira na Freedom Tower de Miami, um edifício emblemático de 1925 que atualmente é propriedade do Miami Dade College e que após a revolução cubana de 1959 serviu de albergue e centro de ajuda para os primeiros exilados da ilha.

Embora a maior parte do discurso tenha sido dedicada à "troika da tirania", que, segundo disse, não vai "durar para sempre", Bolton também falou da vontade de estreitar relações e aprofundar laços com vários "governos responsáveis" da região.

"Os Estados Unidos estão entusiasmados de serem parceiros de nações como o México, Colômbia, Brasil, Argentina e muitas outras" no objetivo de fazer "avançar o Estado de Direito e aumentar a segurança e a prosperidade na região para o nosso povo".
Última actualización el Martes, 06 de Noviembre de 2018 06:52