Equador anuncia saída da Unasul e pede devolução do edifício sede em Quito Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Jueves, 14 de Marzo de 2019 11:51

O presidente do Equador, Lenín Moreno, anunciou nesta quarta-feira que vai retirar o país da União das Nações Sul-Americanas (Unasul). Ele também pediu ao bloco que devolva o edifício sede da organização, sediada em Quito, a capital equatoriana.

Edifício sede da Unasul fica em Quito, capital do Equador — Foto: Reprodução/Google Street View

Moreno declarou, em rede nacional, que a Unasul, criada em 2008, se transformou em uma "plataforma política" que "destruiu o sonho de integração" e "entrou em um final sem retorno". Assim, o Equador segue a tendência iniciada por outros seis países integrantes do bloco em abril de 2018. Argentina, Brasil, Colômbia, Chile, Paraguai e Peru suspenderam sua participação na organização por tempo indeterminado e de forma indefinida devido à discordância sobre o funcionamento.

 

 


"Por tudo isso, o Equador concluiu que não existem condições para que a Unasul possa voltar a trabalhar pela integração sul-americana", concluiu Moreno.

Moreno, porém, foi mais longe e fez como o presidente colombiano, Iván Duque. Em agosto, dias depois de tomar posse no cargo, ele anunciou o pedido de retirada completa do país – e não apenas uma suspensão.

A iniciativa foi tomada por um impasse com o governo de Nicolás Maduro na Venezuela em relação a escolha do secretário-geral da Unasul – medida considerada, pelo grupo de seis países, uma retaliação ao regime chavista.

Presidente pede retirada de estátua de Kirchner

Segundo o jornal equatoriano "El Universo", Moreno também pediu a retirada de uma estátua do ex-presidente da Argentina, Néstor Kirchner – morto em 2010 e marido da também ex-presidente Cristina Kirchner. "Ele não representa os valores e a ética de nossos povos", disse.

Última actualización el Sábado, 16 de Marzo de 2019 22:43