Cercado por investigações, Bolsonaro tenta acordo com STF Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Domingo, 21 de Junio de 2020 00:26

A prisão do ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) acendeu mais um sinal de alerta no Palácio do Planalto. Além do suposto envolvimento do filho com o esquema de rachadinha, o presidente Jair Bolsonaro, além de enfrentar ações que podem cassar a sua chapa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), vê apoiadores diretos do governo investigados no inquérito das fake news.

Foto: Apu Gomes/AFP

A relação ruim com Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, que poderia levar à abertura do processo de impeachment, foi parcialmente superada com a destinação de cargos a indicados de parlamentares do chamado Centrão. Por ora, com a adesão do bloco de partidos ao governo, o afastamento é improvável.

 

“Hoje, é uma realidade, nós não temos um número possível na Câmara para que esse pedido [de impeachment] seja aceito”, admitiu o senador Randolfe Rodrigues (Rede-RR) em entrevista exclusiva à CartaCapital.

Se na política o presidente ganhou um fôlego, na Justiça os obstáculos para a continuidade do seu mandato se avoluvam.

Neste cenário, Bolsonaro anunciou a saída de Abraham Weintraub do Ministério da Educação. Em reunião ministerial no dia 22 de abril, o futuro ex-ministro chamou os integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) de “vagabundos”. Weintraub, agora, deve assumir um cargo no Banco Mundial. A demissão foi vista como uma tentativa de paz de Bolsonaro com o STF.

“Deve ser a primeira vez na história do país que o STF pede a cabeça de um ministro (sem cabeça), e o presidente tem que se dobrar à Corte. Bolsonaro está tão nas mãos do STF, que não pode se recusar a nada”, analisou o cientista político Alberto Carlos Almeida, em seu Twiter.


CARTA CAPITAL


Última actualización el Miércoles, 24 de Junio de 2020 00:22