A ditadura castrista não consegue demitir trabalhadores ate fim de Março como planejava Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Miércoles, 02 de Marzo de 2011 10:32

O governo de Cuba não conseguirá demitir meio milhão de trabalhadores estatais até 31 de março, reconheceu o presidente cubano, Raúl Castro. Citado pela TV estatal, Raúl disse que o calendário para os cortes seria alterado para suavizar o impacto das demissões na economia.

Os cortes planejados pelo governo são parte de planos para reavivar a economia em apuros de Cuba, assunto que deverá dominar as discussões no Congresso do Partido Comunista cubano em abril (link), o primeiro em 14 anos. Atualmente, o governo cubano detêm cerca de 85% dos trabalhadores que são empregados. Além das demissões, Cuba prevê incentivo para empreendedorismo e abertura para capital privador em 178 setores.

Ao discursar a membros de seu gabinete e ao Conselho de Estado, Raúl disse que uma mudança dessa magnitude “não poderia ser feita dentro de um prazo inflexível”. Ele ressaltou também a importância de fazer os cortes de funcionários públicos com cautela.

O líder cubano, no entanto, não determinou um prazo para as demissões e se limitou a lembrar que os cortes fazem parte de um plano quinquenal. “O quão rápido (esse plano) será levado adiante dependerá da nossa capacidade de criar condições legais e organizacionais para garantir seu sucesso”, disse ao prometer que as reformas não deixarão ninguém para trás.

 

Medidas

Desde que ele assumiu o poder por causa da doença que afastou Fidel Castro da presidência, em 2006, Raúl adotou algumas pequenas reformas, como a permissão para abrir cabeleireiros e barbeiros mediante pagamento de impostos para o governo, assim como licenças para táxis privados e retomada do controle de terras improdutivas por produtores agrícolas particulares.

No ano passado, ele anunciou o plano que previa as demissões, uma medida que faria parte de suas reformas moderadas para melhorar a produtividade do trabalho e elevar a qualidade dos serviços.

O governo autorizará o aumento simultâneo em oportunidades de emprego no setor não-estatal, permitindo que mais cubanos se tornem autônomos, formem cooperativas dirigidas por empreendedores privados e aumentem o controle privado de terras estatais e de infraestrutura em longo prazo.

*Com BBC e AP

Última actualización el Domingo, 13 de Marzo de 2011 13:12