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Cubanos ansiosos pela chegada de Norte-América a Havana: “A nossa vida vai mudar” PDF Imprimir E-mail
Escrito por Indicado en la materia   
Sábado, 20 de Diciembre de 2014 12:39

O anúncio do restabelecimento de relações entre Cuba e os EUA fez repicar os sinos em Havana e pôs as pessoas a comentar nas ruas. No diário Granma a manchete é o regresso dos três cubanos presos há 16 anos por espionagem: “Voltaram”. Apesar de Obama e Castro estarem na página, logo abaixo, em nenhum local se menciona o restabelecimento de relações.

E, no entanto, o discurso de dez minutos em que o Presidente Raúl Castro deu a notícia de que muitos estiveram à espera toda a vida – a normalização das relações com os vizinhos Estados Unidos, que abre a esperança de uma vida normal – foi recebido com enorme alegria em Cuba.

 

“A nossa vida vai mudar”, exclamava com entusiasmo Ernesto Pérez, um cozinheiro de 52 anos. Amelia Gutiérrez, uma bancária grávida de sete meses, regozijava-se porque o seu filho “não terá de viver sob a mesma tensão” em que ela sempre viveu, relata a AFP. “Isto poderá abrir-nos muitas portas, sobretudo em matéria de comércio”, dizia Marlon Torres, um estudante de 16 anos. “Para o povo cubano, isto é como uma injecção de oxigénio, um desejo tornado realidade. Com isto, ultrapassamos as nossas diferenças”, disse Carlos Gonzalez, um especialista de tecnologias de informação de 32 anos, citado pela Time.

A emoção andou à solta em Cuba: houve quem não contivesse as lágrimas, os estudantes saíram para a rua em manifestações, ainda que tenham passado despercebidas ao Granma. Também houve celebrações mais pessoais, mais íntimas. “Agora a minha família e os meus amigos podem começar uma nova era. Pouco a pouco a porta está a abrir-se. Somos vizinhos. Agora podemos ser amigos”, disse ao jornal britânico The Guardian Frank Reyes, um polícia. “Já não sou jovem, e muitas vezes duvidei de que chegasse a ver este dia.”

Perspectiva impensável durante os últimos 53 anos, desde que vigora o embargo dos EUA a Cuba, um objectivo para breve é a abertura de uma embaixada norte-americana em Havana e Barack Obama não exclui a possibilidade de visitar Cuba “nos próximos meses”. A realizar-se, seria uma viagem com um impacto ainda maior do que a de João Paulo II, em 1998, quando “Deus entrou em Havana”, nas palavras do jornalista e romancista espanhol Manuel Vázques Montalban, falecido (que escreveu um livro com esse título).

Quando chega a Coca-Cola?
A normalização de relações com os EUA abre expectativas de crescimento económico, com uma maior chegada de turistas à ilha que fica apenas a cerca de 150km da Florida – embora só o Congresso possa levantar todas as restrições. “Podia haver uma tremenda injecção na economia da ilha”, disse à Time Ramon Roman, de 62 anos, um dos muitos cidadãos cubanos que se juntaram à volta da catedral na zona velha de Havana a discutir as novidades.

Victoria Serrano, técnica de laboratório, fala nas faltas constantes de tudo – alimentos, matérias-primas, e como espera que a cornucópia de abundância americana se derrame um pouco sobre Cuba. “A vida aqui é mesmo muito difícil. Em particular, espero que melhore a comida que vemos aqui chegar, se houver comércio com os EUA. Neste momento, até as cebolas se tornaram um luxo.”

O fim do bloqueio norte-americano não estará para amanhã, pois é necessária a colaboração do Congresso. Mas pela primeira vez em cinco décadas os mais de 90 mil norte-americanos que visitam Cuba todos os anos poderão usar os seus cartões de crédito na ilha e instituições dos EUA poderão abrir contas bancárias em instituições financeiras cubanas. E o Presidente Obama tem poder suficiente para levantar restrições ao comércio que permitirão o acesso ao mercado de 11 milhões de consumidores cubanos a várias empresas norte-americanas.

Fabricantes de materiais de construção, equipamentos agrícolas e infra-estruturas de tecnologias de comunicação, bem como empresas de cruzeiros e outras ligadas ao turismo são as mais óbvias beneficiárias, diz o Washington Post. Também há a Coca-Cola: Coreia do Norte e Cuba são os dois únicos países do mundo onde o refrigerante símbolo do capitalismo não se vende.

Mas quem estiver à espera da chegada do primeiro McDonald’s talvez faça melhor em sentar-se: Cuba é um país pobre, onde as pessoas não têm dinheiro para extras, como um hamburger ao lanche.

Para perceber quão pobre Cuba é em relação aos EUA: o produto interno bruto cubano, diz o Banco Mundial, com dados relativos a 2011, é de 68 mil milhões de dólares. Isto é o mesmo valor que os EUA produziram nesse ano durante um dia e meio, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

PUBLICO.PT

Última actualización el Martes, 23 de Diciembre de 2014 00:15
 

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