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Nem aí para Fidel: jovens de Cuba dizem que mudanças esperam na ilha PDF Imprimir E-mail
Escrito por Indicado en la materia   
Miércoles, 30 de Noviembre de 2016 11:33

Enquanto multidões em Havana se preparavam para um ato em homenagem a Fidel Castro na noite desta terça-feira (29), jovens ouvidos pelo G1 na capital cubana disseram não ter motivos para comparecer à cerimônia na Praça da Revolução. Para eles, a morte do líder da Revolução Cubana não deve ter impacto no cotidiano ou mesmo trazer mudanças que desejam na ilha.

Os irmãos Juan e José (Foto: Leticia Macedo/G1)

“Na escola, eles nos ensinam a fazer a Revolução, mas isso não nos motiva. Eu queria votar para presidente e ter mais liberdade de expressão”, sintetiza. Questionada se imagina que isso vai acontecer em alguns anos, ela para de sorrir e diz: “Não. Por isso, eu quero sair daqui. Outros países têm problemas, mas pelo menos as pessoas podem dizer o que querem”.

 

 


Direito ao voto direto e liberdade de expressão
É o caso de Mai*, de 21 anos, que está passando alguns dias na casa de um primo em Santiago de Vegas, um vilarejo a cerca de 40 minutos do centro da capital cubana. “Não participei das homenagens. A política não me interessa. Políticos falam muito e não fazem nem a metade do que prometem. Não tenho raiva de Fidel. Ele foi sem dúvida um homem inteligente e gigante porque conseguiu manter o país sob o seu modelo, mas muita coisa precisa mudar”, afirmou.

A menina deixou a escola antes de concluir o equivalente ao ensino médio no Brasil. Em princípio, queria estudar medicina, mas desistiu. “Tenho mais três irmãos mais novos e meus pais não podem mais me ajudar, por isso, estou aqui procurando trabalho. Não sei se vou ter ânimo para continuar estudando medicina. São muitos anos de estudo e se ganha muito pouco depois de formada.”

A chegada de uma vizinha interrompe a conversa, que era acompanhada pelo casal de primos que a acolhe em casa temporariamente. Ela retoma ao raciocínio assim que a mulher deixa a casa. Na escola, ela diz que os professores costumam enaltecer o regime.

“Na escola, eles nos ensinam a fazer a Revolução, mas isso não nos motiva. Eu queria votar para presidente e ter mais liberdade de expressão”, sintetiza. Questionada se imagina que isso vai acontecer em alguns anos, ela para de sorrir e diz: “Não. Por isso, eu quero sair daqui. Outros países têm problemas, mas pelo menos as pessoas podem dizer o que querem”.

Esse também é o sonho de José, de 21 anos, que tem um irmão que fez a travessia para os Estados Unidos em uma lancha construída por amigos há cerca de seis meses. Atualmente está em Miami e tenta se estabelecer nos Estados Unidos. “Disse que ia comprar umas bebidas para comemorar a morte de Fidel”, disse rindo. Um sonho? “Deixar Cuba, mas não de lancha como meu irmão, quero ir de avião. Não quero muita emoção”, afirmou rindo.

Mais espaço para o empreendedorismo
Juan, irmão de José, é marinheiro e se formou na universidade. Ele já tentou deixar Cuba, mas não teve a mesma sorte do irmão. Tentou deixar a ilha de lancha, construída a partir de um motor de carro, “porque não temos dinheiro para alugar uma lancha de verdade”. Em uma das paradas necessárias durante a travessia, ele acabou sendo preso com outros latino-americanos no México. Autoditada, que aprendeu a falar francês sozinho, disse que os amigos costumavam dizer que em outros países ele poderia ter êxito. “Mas aqui não tenho esperança”, afirmou.

“A média do salário em Cuba é de US$ 20. Com isso ou você come ou se veste. Aqui todo mundo inventa coisas novas como dar assistência para o turista, como indicar um local para ele se hospedar ou comprar algo. Porém, se me pegam em uma loja com um turista eu posso ser preso porque pensam que eu o estou importunando. Não pensam que o turista busca ajuda”, declarou.

“Todas nossas atividades são muito controladas. Não dão espaço para nenhuma iniciativa, por isso, é muito fácil ser preso. Muitos jovens são detidos”, afirmou o rapaz que já passou 3 anos e sete meses na cadeia por vender remédios sem licença. “Eu recebi uma graça e saí no indulto dado na vinda do Papa Francisco”, afirmou.

Uma mudança necessária e urgente seria o voto direto para presidente. “Votamos em um delegado, que vota em um chefe de circunscrição e, finalmente, quem votam são só os mesmos. É um sistema muito injusto”, avalia. Ele também acredita que precisa uma mudança na política econômica embora sinta que algumas mudanças implementadas por Raul Castro, irmão de Fidel que assumiu há oito anos como presidente, tem ajudado um pouco. “Hoje pelo menos você pode vender a sua casa, pegar o dinheiro e partir para outro país”, afirma.

Para Juan, a morte de Fidel não causou nenhuma comoção entre os mais jovens. “Os jovens que vão a essas homenagens normalmente são aqueles que têm um trabalho público, sofrem pressão dos patrões. Não posso dizer que os jovens estão felizes. Os campesinos do leste do país são os que mais sentem, porque foram os povos mais ajudados por Fidel, mas a maioria não se interessou”.

Ser melhor remunerada

Maria, de 28 anos, não fala em deixar a ilha. Ela não pode fazer o curso de cabeleira que adora. Hoje ajuda no orçamento familiar com a atividade de faxineira. “Tenho que trabalhar o dia inteiro para ganhar US$ 5. Eu trabalho na casa dos pilotos de avião. Minhas patroas me dão muitos presentes, mas não me dão comida. Tenho que levar um lanche a cada vez”, conta ao mostrar as mãos com ferimentos “de tanto esfregar o chão, os tapetes”. Se tivesse que mudar algo em Cuba? “Queremos comer, nos divertir e viver. Para isso, teriam que pagar melhor pelo nosso trabalho. O cubano é batalhador, mas não tem retorno”, afirmou enquanto brincava com as pulseiras que ganhou de uma das patroas.

*Todos os nomes desta reportagem foram modificados a pedido dos entrevistados.

Última actualización el Viernes, 02 de Diciembre de 2016 13:28
 

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