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Notícias: Brasil
Cinísmo: A ditadura cubana denuncia, nada menos do que "censura", na rede Facebook PDF Imprimir E-mail
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Domingo, 16 de Enero de 2011 12:07

A ditadura castrista denunciou neste sábado que o Facebook "censurou" uma página que pedia ao YouTube - propriedade da Google - a restituição do canal de vídeos do site estatal Cubadebate.cu, fechado por violação de direitos autorais.

"O Google censura, o Facebook também. Hoje amanhecemos com uma nova agressão", afirma o portal, ao informar que a rede social fechou na sexta-feira uma página que contava com mais de mil seguidores.

A página foi criada na quinta-feira, depois que o Cubadebate denunciou que o YouTube fechou sua conta alegando "infração de copyright" em um vídeo sobre o ex-agente cubano da CIA, Luis Posada Carriles, em julgamento nesta semana nos Estados Unidos por fraude migratória.

O Cubadebate, onde o ex-presidente Fidel Castro publica seus artigos de opinião, afirma que as imagens, nas quais Posada Carriles "exigia pagamento por seus serviços" em atentados contra Cuba, circulavam na internet e havia sido usadas por vários outros sites.

Segundo o Cubadebate, o momento em que o Google fechou seu canal no YouTube, havia mais de 400 vídeos, entre entrevistas e mensagens de Fidel, e 1,6 milhão de visitas desde sua abertura há quase três anos.

Última actualización el Martes, 25 de Enero de 2011 12:06
 
O CASO BATTISTI VS. O CASO DOS BOXEADORES CUBANOS: UMA HISTÓRIA MAL CONTADA PDF Imprimir E-mail
Escrito por Indicado en la materia   
Domingo, 02 de Enero de 2011 11:53

"Onde o governo Lula errou e ninguém falou nada com tamanha veemência foi quando o Brasil deportou os atletas cubanos que pediram asilo durante o Pan-Americano. Mas Cuba não interessa financeiramente e nem tem dinheiro para investir em grupos brasileiros. Por isso, as notas de repúdio ocuparam apenas pequenos espaços na mídia".

 

A Itália não tem muito do que espernear, assim como brasileiros e grupos que estariam defendendo interesses italianos. O Brasil é soberano assim como a Itália foi também soberana no caso do banqueiro ladrão Salvatore Cacciolla.

Vamos relembrar que Battisti matou quatro pessoas durante período de violência armada naquele país. Se ele não mata os quatro poderia, certamente, ter morrido. Quantos companheiros de Battisti foram torturados e talvez mortos pela repressão da época?

Até onde se conhece pela mídia o crime dele não foi comum, foi durante um regime opressor, onde se morre ou mata. Aqui também tivemos isso durante a ditadura e hoje os oprimidos são o poder.

Também quando o Brasil tentou prender o banqueiro Salvatore Cacciola, ele foi protegido pelo governo italiano. E ainda com uma atitude de afronta e até inesquecível de impunidade, a Rede Globo mostrou o bandido passeando tranquilamente com sua motoneta nas ruas da Itália. Lembram? Aqui Battisti está preso, sob custódia da Polícia Federal e não passeando por aí como o banqueiro que estava gastando lá o dinheiro roubado de todos nós no Brasil.

Foi muito bom e oportuno o comentário do o secretário-geral da Presidência, ministro Luiz Dulci que em entrevista na sexta-feira (31/12/2010 – G1) saiu em defesa da decisão do ministro Tarso Genro (Justiça) de conceder o refugio a Battisti. Assim como o ministro da Justiça, Dulci comparou o caso com o do banqueiro Salvatore Cacciola. Na ocasião, o Brasil pediu a extradição e a Itália não concedeu. Cacciola foi preso em Mônaco, quando fazia turismo.

“Essas coisas são naturais. Eu me lembro quando o Salvatore Cacciola estava na Itália e o governo brasileiro pediu a extradição e as autoridades italianas não concederam. Movimentos sociais protestaram. Essas decisões são complexas e difíceis, tem que ser tomadas. Há opiniões variadas, é natural. Acredito que o governo brasileiro vai encarar com naturalidade manifestações de opinião”, disse Dulci.

Onde o governo Lula errou e ninguém falou nada com tamanha veemência foi quando o Brasil deportou os atletas cubanos que pediram asilo durante o Pan-Americano. Mas Cuba não interessa financeiramente e nem tem dinheiro para investir em grupos brasileiros. Por isso, as notas de repúdio ocuparam apenas pequenos espaços na mídia.

As críticas ao governo Lula nos três casos tem seus interesses sombrios; Dinheiro. No caso do banqueiro, o governo brasileiro não teve, naquela época, o mesmo apoio que alguns brasileiros e grupos brasileiros estão dando agora para a Itália; os cubanos também não receberam o mesmo apoio que estes estão dando ao governo italiano – eles e mesmo cuba não tem dinheiro ou algo que interesse, como certos casos de injustiças também ocorridos na África. Já o caso Battisti leva esses mesmos brasileiros e grupos a agradar ao governo italiano, quem sabe não gera investimentos ($) interessantes no futuro próximo. É a vida de um “terrorista” em troca de prestigio, possivelmente financeiro, na Itália.

Publicado em 01/01/2011 pelo Wiki Repórter JCBarreto, Aparecida de Goiânia - GO


Última actualización el Domingo, 09 de Enero de 2011 11:06
 
Lula concede refugio a un terrorista de esquerdas condenado na Itália por 4 assassinatos PDF Imprimir E-mail
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Sábado, 01 de Enero de 2011 12:22

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu hoje conceder asilo político ao ex-ativista italiano Cesare Battisti, anunciou o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. A decisão foi baseada em parecer da Advocacia-Geral da União (AGU), feito com base nos termos da Constituição brasileira, nas convenções internacionais sobre direitos humanos e do tratado de extradição entre o Brasil e a Itália.

 

Roma considera recusa do Brasil a extraditar Battisti "injusta e ofensiva"

ROMA, 31 dez 2010 (AFP) -A Itália considerou "injusta e gravemente ofensiva" a decisão do presidente brasileiro Luiz Inacio Lula da Silva de não conceder a extradição do ex-ativista de extrema-esquerda Cesare Battisti, declarou nesta sexta-feira o ministro da Defesa, Ignazio La Russa, à agência de notícias Ansa.

"As piores previsões foram confirmadas", mas a Itália "tentará tudo" para que o Brasil "reveja esta decisão injusta e gravemente ofensiva", afirmou.

 

Seguem as principais datas do caso Cesare Battisti, cuja extradição para a Itália foi negada nesta sexta-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva:

- Junho de 1979: prisão de Cesare Battisti em Milão como parte de uma investigação pelo assassinato de um joalheiro.

- Maio de 1981: Battisti é condenado a 12 anos e 10 meses de prisão por "participação em grupo armada" e "ocultamento de armas".

- Outubro de 1981: Battisti escapa da prisão de Frosinone, perto de Roma, e se refugia na França.

- 1982: fuga para o México.

- 1985: o presidente francês François Mitterrand se compromete a não extraditar os ex-ativistas de extrema-esquerda italianos que rompessem com o passado, embora tenha excluído os que cometeram "crimes de sangue".

- 1990: Battisti regressa à França e se converte em autor de romances policiais.

- 21 de maio de 1991: a corte de apelações de Paris nega uma demanda italiana de extradição.

- 31 de março de 1993: a corte de apelações de Milão condena Battisti à prisão perpétua por quatro "homicídios agravados" praticados entre 1978 e 1979 contra um guarda carcerário, um agente de polícia, um militante neofascista e um joalheiro de Milão (o filho dele ficou paraplégico, depois de também atingido).

- 20 de julho de 2001: demanda de naturalização francesa. Uma decisão favorável de julho de 2003 foi anulada em julho de 2004.

- 20 de dezembro de 2002: demanda italiana de extradição.

2004

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- 10 de fevereiro: Battisti é detido em Paris a pedido da justiça italiana, em meio a protestos de intelectuais, artistas e personalidades políticas francesas de esquerda.

- 3 de março: é libertado, mas mantido sob vigilância.

- 30 de junho: a câmara de instrução da corte de apelações de Paris se declara favorável à extradição. Battisti recorre.

- 2 de julho: O presidente Jacques Chirac declara que "é nosso dever responder favoravelmente à extradição".

- 21 de agosto: Battisti não se apresenta ante a polícia como exige o sistema de vigilância judicial, e passa para a clandestinidade.

- 22 de agosto: a promotoria da corte de apelações de Paris expede uma ordem de detenção.

- 13 de outubro: rejeitado o recurso de Battisti, e a extradição para a Itália torna-se definitiva.

- 23 de outubro: O primeiro-ministro francês Jean Pierre Raffarin assina o decreto de extradição.

2005

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- 18 de março: o Conselho de Estado da França confirma a extradição.

- Início de agosto: os advogados de Battisti apresentam um recurso ante a Corte Européia de Direitos Humanos contra o decreto de extradição.

2007

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- 18 de março: detenção de Battisti no Rio de Janeiro.

2010

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- 30 de dezembro: Roma vai considerar "totalmente incompreensível e inaceitável" uma recusa do Brasil a extraditar o ex-ativista de extrema-esquerda italiano Cesare Battisti, anunciou na noite desta quinta-feira, hora local, o governo da Itália.

O Palácio Chigi (sede do governo) exprimiu esta posição antes mesmo da decisão do presidente Luiz Inacio Lula da Silva sobre o caso, que foi adiada para esta sexta-feira, segundo funcionários em Brasília.

- 31 de dezembro:

O presidente brasileiro Luiz Inacio Lula da Silva decidiu não extraditar para a Itália o ex-ativista, anunciou o ministro das Relações Exteriores Celso Amorim.

Última actualización el Sábado, 01 de Enero de 2011 12:43
 
GOVERNO DE IRÃ PROTESTA CONTRA AS CRÍTICAS DE DILMA EM DIREITOS HUMANOS PDF Imprimir E-mail
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Miércoles, 12 de Enero de 2011 10:49

O governo iraniano registrou um protesto contra as críticas do governo Dilma Rousseff à situação dos direitos humanos no Irã, num primeiro sinal de mal-estar entre os dois países, após anos de ótimas relações. Em telegrama diplomático a cujo conteúdo o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, com data de anteontem, diplomatas brasileiros em Teerã relatam que um assessor especial do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, telefonou para o embaixador brasileiro no Irã, Antonio Salgado, para se queixar.

O assessor "transmitiu o incômodo de Teerã com as repetidas referências à situação dos direitos humanos no Irã, feitas por autoridades brasileiras". Segundo o telegrama, o assessor iraniano teria pedido ao embaixador que informasse o Itamaraty sobre o desconforto.

O Brasil, que antes adotava a posição de não condenar violações aos direitos humanos no Irã, mudou a posição com Dilma. Em entrevista ao jornal Washington Post, em 18 de novembro, Dilma criticou o comportamento do Brasil na ONU, ao abster-se de votar uma condenação às violações de direitos humanos no Irã. "Não concordo com o modo como o Brasil votou. Não é a minha posição", afirmou Dilma, mencionando "práticas medievais aplicadas quando se trata de mulheres". "Ficaria desconfortável, como uma mulher eleita presidente, em não me manifestar contra o apedrejamento", disse ela, referindo-se à condenação da iraniana Sakineh Ashtiani à morte por apedrejamento.

Em entrevista à revista Veja, publicada no domingo, o chanceler Antonio Patriota foi na mesma linha. "A questão da ameaça de apedrejamento da iraniana obviamente vai contra tudo o que nós representamos", disse Patriota. "Acho que vai haver uma reflexão interna sobre essa questão dos direitos humanos."

Tanto a diplomacia brasileira quanto assessores do governo evitaram nos últimos dias a falar sobre o assunto. No Itamaraty, diplomatas chegaram a negar a existência do comunicado, enquanto outros simplesmente afirmavam "desconhecer" a existência da ligação telefônica. O ministro Tovar Nunes, assessor do chanceler Antonio Patriota, afirmou ser "natural" essa comunicação entre as chancelarias. "Nosso diálogo é fluido, somos sensíveis às preocupações dos países, mas também temos nossas posições, manifestadas de forma clara", disse Tovar. "Não há mal estar nenhum." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

AE - Agência Estado
Última actualización el Miércoles, 12 de Enero de 2011 10:57
 
ENTREVISTA AO RIORDAN ROETT: ''Lula errou ao responder às demandas do PT'' PDF Imprimir E-mail
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Sábado, 08 de Enero de 2011 12:40

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva errou em sua política externa ao se distanciar da tradição do Itamaraty para responder às demandas do PT, segundo o brasilianista americano Riordan Roett, da Johns Hopkins University. Os casos mais notórios foram o acordo nuclear com o Irã, o envolvimento direto na crise de Honduras e a omissão na questão de direitos humanos em Cuba.

Para Roett, Dilma Rousseff não tende a repetir tais equívocos à frente do Palácio do Planalto. "Dilma não é um títere. É uma pessoa muito diferente de Lula. Não acho que ela será tão ativa quanto Lula foi na política externa". O brasilianista chama a atenção para dois sinais relevantes feitos por Dilma em entrevista em dezembro ao Washington Post. Primeiro, ela mencionou sua sensibilidade na área de direitos humanos. Depois, a intenção de relançar as relações Brasil-Estados Unidos. Para um país pacífico que não causa problemas a Washington, como o Brasil, o desafio será captar a atenção da Casa Branca, voltada aos imbróglios no Oriente Médio.

Qual será o principal desafio de Dilma Rousseff?

Agora, o Brasil tem o petróleo do pré-sal e a tecnologia para explorá-lo e será sede dos jogos de 2014 e 2016. Esse será o desafio real de Dilma. O desafio será não fazer trapalhadas. A Índia fez um trabalho horrível nos Jogos Olímpicos da Comunidade Britânica (2010). Mas os chineses, com as Olimpíadas de 2008, deram uma demonstração de que um BRIC pode organizar eventos mundiais. A partir do dia 2 de janeiro, Dilma terá de organizar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Terá de construir toda a infraestrutura necessária e de prover segurança. Isso trará progressos lentos, porém, reais para o Rio de Janeiro e reduzirá o Custo Brasil.

Luiz Inácio Lula da Silva cometeu erros na política externa?

(Errou) Quando respondeu à política externa do PT e manteve-se distante da tradição do Itamaraty. Ou seja, na política para o Irã, Honduras e Cuba.

Onde estarão os limites da política externa de Dilma?

Não acho que Dilma será ativa na política externa como Lula. Esta é uma década diferente. Dilma estará envolvida na discussão da nova arquitetura financeira mundial. Mas, terá também de lidar seriamente com a valorização do câmbio, a inflação e com 2014 e 2016. Estará absorta em temas domésticos, enquanto o Itamaraty vai gerir a política exterior. O Itamaraty tem a melhor diplomacia da América Latina. Celso Amorim cometeu um grande erro ao se filiar ao PT. Chanceleres não devem fazer isso.

O presidente Lula atacou os EUA, em discursos, nos seus oito anos de governo. Como avaliar esse comportamento?

Washington não tomou com seriedade o que Lula disse nos últimos meses. Dos discursos anteriores, algumas críticas aos EUA estavam corretas. Quando ele disse que a culpa pela crise econômica era de pessoas loiras e de olhos azuis foi maravilhoso. Todas as outras crises tinham começado em mercados emergentes. A de 2008, não. Dilma nunca dirá algo semelhante.

A relação Brasil-EUA não será mais contaminada pelo PT?

O Brasil não foi um país cooperativo com os EUA no governo de Lula. Mas, Dilma foi bastante positiva quanto à relação com os EUA. Haverá mais cooperação entre Washington e Brasília. Mas, isso depende mais dos EUA do que do Brasil. Os EUA centraram-se no Iraque, no Afeganistão, no Oriente Médio e na crise econômica nos últimos anos. A secretária de Estado, Hillary Clinton, foi ao Oriente Médio mais vezes que à Europa.

O senhor acredita que a relação Brasil-EUA pode recomeçar em 2011?

A relação será relançada quando Dilma vier a Washington. A presença da secretária de Estado, Hillary Clinton, na sua posse é algo muito importante e incomum. Hillary entende a importância do Brasil.

A estratégia do governo Lula para o Brasil se tornar membro permanente do Conselho de Segurança da ONU foi correta?

O candidato lógico da América do Sul é o Brasil. Essa é uma ambição brasileira desde o final da Primeira Guerra Mundial, quando o Brasil pleiteou um papel mais relevante na Liga das Nações. A tradição de Rio Branco, de que o Brasil deve ser um ator importante, é muito forte na política externa e faz parte da história do País. O Brasil participou das negociações do Tratado de Versailles (1919) e lutou ao lado dos EUA na Segunda Guerra. Nenhum outro país latino-americano fez isso. A tática de Lula envolveu a abertura de embaixadas na África, frequentes viagens ao exterior e a convergência com outros pleiteantes - Japão, Alemanha e Índia. Não se questiona o ingresso do Brasil. Pode não acontecer em um ano. Mas acontecerá.

Falta a Dilma Rousseff jogo de cintura para fazer coalizões?

Falavam o mesmo de Michelle Bachelet. Dilma não teria feito sua carreira na área de Energia se não soubesse construir coalizões. Não era Lula quem administrava o governo, mas a Casa Civil. Ela não é um títere. Quando eleita presidente, mencionou os direitos humanos. Lula não fez nada nessa área. Não acho que ela será tão ativa quanto ele na política externa. O Brasil já se estabeleceu como um ator relevante. Dilma terá um excelente chanceler, Antonio Patriota, que não é ideológico.

O Brasil pode se intrometer em qualquer tema internacional?

Pode porque tem gente competente para isso no Itamaraty. O Irã foi uma questão de Lula e de Amorim. A partir de 1º de janeiro, ele não será mais o presidente, nem Amorim será mais o chanceler. E Palocci estará de volta ao governo. A política externa de Dilma será pragmática.

A cooperação trilateral, que vem ocorrendo no Haiti e em alguns países da África, é o caminho para aproximar Washington de Brasília?

Washington reconhece a liderança do Brasil no Haiti e sua presença na África. Nos EUA, as pessoas certas entendem a política externa brasileira, embora às vezes discordem dela. Também discordam da China e do Paquistão. Mas, ninguém precisa do Brasil para guerras.

O Brasil pode e deve manter relações profundas com países que não valorizam a democracia e os direitos humanos?

Países com importância crescente nas áreas econômica e financeira devem se tornar mais responsáveis na política. Isso vale para o Brasil. Mas o País terá pouca influência nessa agenda. Deveria consolidar sua democracia e trabalhar com poucos países. Os EUA fizeram trapalhadas nesse campo. Não vai dar certo tornar o Iraque e o Afeganistão países democráticos.

QUEM É

Aos 72 anos, é professor da Universidade Johns Hopkins e diretor dos programas sobre América Latina. Brasilianista, acompanha desde os anos 60 o dia a dia da política e da economia brasileira. Neste ano, lançou nos EUA o livro The New Brazil



Denise Chrispim Marin - O Estado de S.Paulo
Última actualización el Sábado, 08 de Enero de 2011 12:44
 
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